segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Vamos iniciar o 4º Bimestre?


Variações Linguísticas

Antigamente

Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. 
                           Carlos Drummond de Andrade
Ao travarmos contato com o fragmento ora exposto, percebemos que nele existem certas expressões que já se encontram em desuso, tais como: Mademoiselles, prendadas, janotas, pé-de-alferes, balaio.

Caso fôssemos adequá-las ao vocabulário atual, como ficaria?
Restringindo-se a uma linguagem mais coloquial, os termos em destaque seriam substituídos por “mina”, “gatinha”, “maravilhosas”, “saradas”, “da hora”, “Os manos”, “A galera,” “Davam uma cantada”, e assim por diante.

Perceberam que a língua é dinâmica? Ela sofre transformações com o passar do tempo em virtude de vários fatores advindos da própria sociedade, que também é totalmente mutável.

Existem diferentes variações ocorridas na língua, entre elas estão:

Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de pharmácia, agora, farmácia.

Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é tratada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum.
Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”.

Variação Social - É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos destacar as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem coloquial, usada no dia a dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas pessoas de maior prestígio social.
Fazendo parte deste grupo estão os jargões, que pertencem a uma classe profissional mais específica, como é o caso dos médicos, profissionais da informática, dentre outros.

Vejamos a seguir um exemplo típico de variação regional, nas palavras do poeta Oswald de Andrade:
Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.



Oswald de Andrade
Variações diafásicas
Representam as variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo, ou seja, a ocasião é que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser formal ou informal.

Variações diatópicas

São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra “abóbora”, que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao significado) em algumas regiões que se divergem umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo.

Variações diastráticas

São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como exemplo podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfistas, da classe médica, entre outras.

http://www.mundoeducacao.com/gramatica/variacoes-linguisticas.htm

Atividades sobre o emprego do hífen

Olá amigos, vamos exercitar o emprego do hífen, segundo o novo acordo ortográfico, através do link disponível abaixo. Vocês poderão corrigir (legal se sentir como professor, não acham!?!).

http://questoesconcursos.blogspot.com.br/2011/04/exercicios-novo-acordo-ortografico.html

Bons estudos!


Variação Linguística

Olá garotada! Vamos iniciar o 4º Bimestre com Variação Linguística e para isso vocês irão ler e refletir sobre o conteúdo do link abaixo para depois fazermos as nossas reflexões em sala de aula. Boa leitura!!!
http://profgraciele.blogspot.com.br/2011/04/variacoes-linguisticas.html

LINK PARA EXERCITAR AS REGÊNCIAS

Vamos exercitar algumas palavras do novo acordo ortográfico?


1. (IBGE) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada:
      a) Todo ensino deveria ser gratuito.
      b) Não ves que eu não tenho tempo?
      c) É difícil lidar com pessoas sem carater.
      d) Saberias dizer o conteudo da carta?
      e) Cuiaba é uma cidade que não para de crescer.
     
2. (OSEC) O plural de tem; é, respectivamente:
      a) têm, dêem, vêm                                    d) têem, dêem, vêm
      b) tem, dêem, vêem                                  e) têem, dêem, vêem
      c) têm, deem, veem
     
3. (FGV-RJ) Assinale a alternativa que completa as frases:
      I - Cada qual faz como melhor lhe ....... .
      II - O que ....... estes frascos?
      III - Nestes momentos os teóricos ....... os conceitos.
      IV - Eles ....... a casa do necessário.
      a) convém, contêm, reveem, proveem
      b) convém, contém, revêem, provém
      c) convém, contém, revêm, provém
      d) convêm, contém, revêem, provêem
      e) convêm, contêm, revêem, provêem
     
4. (SANTA CASA) As palavras após e órgãos são acentuadas por serem respectivamente:
      a) paroxítona terminada em “s” e proparoxítona
      b) oxítona terminada em “o” e paroxítona terminada em ditongo
      c) proparoxítona e paroxítona terminada em “s”
      d) monossílabo tônico e oxítona terminada em “o”, seguida de “s”
      e) proparoxítona e proparoxítona

5. (SANTA CASA) As silabadas, ou erros de prosódia, são freqüentes no uso da língua. Assinale a alternativa onde não ocorre nenhuma silabada:
a. Eis aí um protótipo de rúbrica de um homem vaidoso
b. Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filântropos e a dos misântropos.
c.  Os arquétipos de iberos são mais pudicos que se pensa
d.    Nesse ínterim chegou o médico com a contagem de leucócitos e o resultado da cultura de levêdos.
e. Ávaro de informações, segui todas as pegadas do éfebo.

6. (BB) Afirmativa falsa:
      a) Dôce é acentuada graficamente
      b) Há acento indevido em raíz
      c) Falta acento em ruina
      d) Têm está acentuada por indicar plural
      e) Funil não deve ser acentuada graficamente
     
7. (BB) Único segmento errado quanto à acentuação gráfica: Tens ideia de quanto é inútil bancar o mártir? Nesse rítmo, acabas perdendo o juízo.
      a) ideia    b) inútil             c) mártir            d) rítmo                         e) juízo
   
     8. (ESAF) Em todas as alternativas as palavras foram acentuadas corretamente, exceto em:
      a) Eles têm muita coisa a dizer.
      b) Estude os dois primeiros ítens do programa.
      c) Afinal, o que contém este embrulho?
      d) Foi agradável ouvir aquele orador.
      e) Por favor, deem-lhe uma nova chance.
    
 9. (ADM. POSTAL CORREIOS) Marque o item que completa corretamente a frase: Aqueles que ............... do interior, ............... a cidade grande como o mundo que lhes ............... .
      a) vêem - vêm - convêm 
      b) vêm - veem - convêm 
      c) veem - vêm - convem
      d) vêem - vêem - convém
      e) vêm - vem - convem

10. (ADM. POSTAL CORREIOS) Assinale a opção em que os vocábulos não obedecem à mesma regra de acentuação gráfica:
      a) idéia - herói - escarcéu
      b) concluído - saúde - atribuí-lo
      c) amá-lo - fazê-lo - vendê-lo
      d) consequência - mágoa - homogêneo
      e) cáqui -possível - amável

      
11. (CARLOS CHAGAS) Terminado o .........., o .......... recebeu .......... aplausos.
      a) vôo - herói - veemêntes                  
      b) voo - heroi - veemêntes                  
      c) vôo - heroi - veementes
     d) voo, herói, veemêntes
     e) voo, herói, veementes

12. (ETF-SP) Assinalar a alternativa correta quanto à acentuação:
      a) Para por o sotão em ordem foram necessárias duas pessoas.
      b) Aqueles índios se alimentam de raizes e andam nús pela floresta.
      c) Já faz três mêses que saí da presidência da emprêsa.
      d) O elevador só para se o botão for acionado.
      e) O remedio que combate esse virus já foi descoberto?
     
 13.  (TTN) Assinale a frase incorreta quanto à acentuação gráfica:
a)     A funcionária remeterá os formulários até o início do próximo mês.         
b)  Ninguém poderia prever que a catástrofe traria tamanho ônus para o país.
c)     Este voo está atrasado; os senhores tem que embarcar pela ponte aérea e fazer conexão no Rio para Florianópolis.
d)O pronunciamento feito pelo diretor na assembleia revestia-se de caráter inadiável.                     e)Segundo o regulamento em vigor, o órgão competente tomará as providências cabíveis.

14. (TTN) Assinale o trecho que apresenta erro de acentuação gráfica:
a)  Inequivocamente, estudos sociológicos mostram que, para ser eficaz, o chicote, anátema da sociedade colonial, não precisava bater sobre as costas de todos os escravos.
b)     A diferença de ótica entre os díspares movimentos que reivindicam um mesmo amor à natureza se enraízam para além das firulas das discussões político-partidárias.
c)  No âmago do famoso santuário, erguido sob a égide dos conquistadores, repousam enormes caixas cilíndricas de oração em forma de mantras, onde o novel na fé se purifica.      d) O alvo da diatribe, o fenômeno da reprovação escolar, é uma tolice inaceitável, mesmo em um paradígma de educação deficitária em relação aos menos favorecidos. 
e)  Assustada por antigas endemias rurais, a sociedade brasileira tem, enfim, consciência do      horror que seria pôr filhos em um mundo tão inóspito.
   
15. (UF-PI) Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam acentuadas corretamente:
      a) Quero pôr um ponto final nessa polêmica.
      b) Com desconfiança, apos sua rúbrica em todos os documentos.
      c) Preferem maçã à péra.
      d) Lavou o pêlo do animal com sabão comum.
     
16. (CESGRANRIO) Assinale o item em que ocorre erro ortográfico:
      a) ele mantém / eles mantêm                    
      b) ele dê / eles dêem   
      c) ela contém / elas contêm                                      
      d) ele vê / eles veem

GABARITO:
01-A/02-C/3-A/4-B/5-C/6-A/7-D/8-B/9/10-A/11-E/12-D/13-C/14-D/15-A16-B

Fonte:

Análise do poema "Amor é fogo que arde..."

Análise do poema:

Amor é um fogo que arde sem se ver (Poema), de Luís Vaz de Camões

O poema O amor é um fogo que arde sem se ver, de Luís de Camões, faz parte da lírica clássica do autor, a medida nova.

Neste poema, Camões procurou conceituar a natureza contraditória do amor. Não é um tema novo. Já na Antigüidade, o amor era visto como uma espécie de cegueira, uma doença da razão, uma enfermidade de conseqüências às vezes devastadoras. Nas cantigas de amor medievais, os trovadores exprimiam seu sofrimento, a coita, provocada pela desorientação das reações do artista diante de sua Senhora, de sua Dona.

Petrarca e os poetas do dolce stil nuovo privilegiaram, na Renascença italiana, o tema do desencontro amoroso, das contradições entre o amar e o querer e do sofrimento dos amantes e apaixonados.

O poeta buscou analisar o sentimento amoroso racionalmente, por meio de uma operação de fundo intelectual, racional, valendo-se de raciocínios próximos da lógica formal. Mas como o amor é um sentimento vago, imensurável, Camões acabou por concluir pela ineficácia de sua análise, desembocando no paradoxo do último verso. O sentir e o pensar são movimentos antagônicos: o sentir deseja e o pensar limita, e, como o poeta não podia separar aquilo que sentia daquilo que pensava, o resultado, na prática textual, só podia ser o acúmulo de contradições e paradoxos. Essa feição contraditória e o jogo de oposições aproximam Camões do Maneirismo e, no limite, do Barroco.

Leia o poema: 
QUARTETOS
1. Amor é um fogo que arde sem se ver,
2. É ferida que dói e não se sente;
3. É um contentamento descontente;
4. É dor que desatina sem doer.

5. É um não querer mais que bem querer;
6. É um andar solitário entre a gente;
7. É nunca contentar-se de contente;
8. É um cuidar que ganha em se perder.

TERCETOS

9. É querer estar preso por vontade;
10. É servir a quem vence, o vencedor;
11. É ter com quem nos mata lealdade.

12. Mas como causar pode seu favor
13. Nos corações humanos amizade,
14. Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Os versos têm estrutura bimembre e contêm afirmativas que se repartem em enunciados contrários (antitéticos). Essas oposições simetricamente dispostas nos versos, acumulam-se em forma de gradação (clímax), para desembocar na desconcertante interrogação/conclusão do último verso sobre os efeitos do amor. As contradições, por vezes, são aparentes porque o segundo membro do verso funciona como complemento do primeiro, especificando-o e tornando-o ainda mais expressivo, quando confronta duas realidades diversas: uma sensível ("ferida que dói") e uma espiritual, que transcende a primeira ("e não se sente").

É o caso do 1º, 2º, 4º e 5º versos. No 1º verso, por exemplo, o segundo membro ("sem se ver"significa interiormente;) no 2º verso, o Amor "é ferida que dói (exteriormente) e não se sente"(interiormente); no 4º verso, o Amor "é dor que desatina (exteriormente) "sem doer"(interiormente) e, no 5º verso, a noção é a de que não é possível querer mais, de tanto que se quer, de tanto que se ama. Mesmo que se tome o referencial fogo como elemento de contraste entre os dois membros desses versos, este mesmo fogo, contraditoriamente, "arde sem se ver".

A reiteração do verbo ser ("É") no início dos versos, do 2º ao 11º, configura uma sucessão de anáforas, uma cadeia anafórica. O soneto inicia-se e termina com a mesma palavra - Amor -, sentimento contraditório, que é o tema da composição.

Quanto à métrica, os versos são decassílabos (dez sílabas poéticas), com predomínio dos decassílabos heróicos, nos quais a sexta e a décima sílabas são sempre tônicas. 

Fonte:

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Se divertindo com o texto...


Interpretação de texto a partir da poesia de Paulo Leminski

Leia o texto:

O assassino era o escriba
                      Paulo Leminski

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido na sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

1.  Paulo Leminsky, de forma bem humorada, cria-nos o perfil do professor de análise sintática. A visão que ele nos passa desse professor é de alguém bem resolvido na vida? Justifique sua resposta com passagens do texto.

2. Segundo o texto, por que o professor foi infeliz?

3. Em ela era bitransitiva, podemos ler esse bitransitiva como o quê?

4. Por que ele não conseguiu ir aos EUA?

5. Levante hipóteses sobre o artigo indefinido encontrado na bagagem dele e o objeto direto que o matou.

6. Hora da revisão. Com o auxílio de uma gramática, procure estudar e definir todos os termos da sintaxe e da morfologia mencionados no texto. Destaquei-os para você.

7. Hora da pesquisa: escreva a biografia de Paulo Leminski.

 

Fonte: http://eliterfagia.blogspot.com.br/

 

Vamos estudar as conjunções através do poema?


Atividades sobre conjunções

Leia o poema abaixo para responder às questões de 1 a 4.

Ciranda ao redor do mundo

Se todas as moças do mundo 

Quisessem se dar 

A mão ao redor do mar

Poderiam dançar uma ciranda

 

Se todos os rapazes do mundo

Quisessem ser marinheiros

Sairiam em barcos ligeiros

Pelo mar profundo

Saltando de onda em onda...

 

Poderiam então

Fazer uma ciranda

Ao redor do mundo

Se toda gente do mundo

Quisesse se dar a mão...

(Paul Fort. In: Obras-primas da poesia  universal. Trad. Raymundo Magalhães

 

1. Na 1ª e 2ª estrofes do poema, a conjunção se inicia o 1º verso.

a) Essa conjunção é coordenativa ou subordinativa? 

b) Que ideia ela expressa? 

2. Essa conjunção expressa uma ideia necessária para que se realize ou deixe de se realizar a ação  expressa na oração principal.

a) Qual é a ação que pode se realizar ou não na 1ª estrofe? 

b) E na 2ª? 

3. A ideia de condição é retomada na última estrofe do poema.

Qual é a condição para que a ação de fazer uma ciranda ao redor do mundo ocorra?

4. No plano da realidade:

a) É possível que todas as moças do mundo queiram se dar as mãos, ou que todos os rapazes do  mundo queiram ser marinheiros? 

b) É possível que toda gente do mundo queira se dar a mão? 

c) Ao empregar a conjunção se, o eu lírico expressa um desejo realizável ou uma hipótese?

 

Fonte:

http://diogoprofessor.blogspot.com.br/search/label/8%C2%BA%20ano